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Charlie Hebdo e a liberdade de expressão

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No início do ano o mundo foi bombardeado de notícias sobre o atentado à sede do jornal humorístico francês Charlie Hebdo, onde chargistas e outros funcionários do prédio foram mortos covardemente por terroristas ligados ao islã. O motivo chegou a ser hilário: o jornal caracterizou o profeta muçulmano Maomé.

Os atentados não foram sentidos apenas pelos franceses, pessoas do mundo inteiro se sentiram atacadas, manifestações gritavam pela defesa da liberdade de expressão. Mas, aliás, qual é o limite da liberdade de expressão, ainda mais profundo: a liberdade de expressão tem limites?

Responder a pergunta acima é um tanto complicado, e muitas vezes chegamos a uma contradição. Defender a total liberdade de expressão é uma afronta a nosso próprio direito e dignidade. Quando digo que apoio a total liberdade de expressão eu estou dando a liberdade de as pessoas me ridicularizarem, por exemplo.

Defino que o limite da liberdade de expressão é o mesmo ponto onde começa a dignidade do outro. Calúnias e difamações jamais devem ser justificadas com a liberdade de expressão. Meu direito acaba quando o do outro começa.

Voltando ao jornal Francês, acredito que seja uma situação diferente. Seres religiosos, sejam eles divinos ou fictícios, não são cidadãos humanos. Não possuem o direito que nós possuímos. Não reclamam de uma ofensa, ou de uma calúnia. Harry Potter não se incomodará quando eu disser que ele não passa de um ladrãozinho de quinta, seus fans, no entanto, me apedrejarão.

Defendo o direito dos chargistas do Charlie Hebdo de fazer charges sobre Maomé, Jesus, deus, Buda, ou o que quer que seja. Porém repudio os mesmos quando fazem charges além do ficcional, quando atingem grupos sociais humanos. Quando, por exemplo, dizem que Judeus são ridículos. Ou que cristãos são burros. Há uma enorme diferença entre ofender deus e ofender os humanos que o seguem. Os humanos, por lei, possuem direitos. Deus não.

 
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