🤔 Para Refletir : "A verdadeira ideia criativa vem do momento mais simplório do dia." - Yonori Akari

Como criar um bom personagem

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O quê? Você realmente ia ler aquilo até o final?
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Função de um bom personagem para o jogo
Muitas pessoas acham que um personagem não interfere na qualidade do jogo. Na minha opinião isto está errado,pois além de enriquecer a estória do jogo,um bom personagem dá carisma às jogatinas,fazendo a experiência do jogador ser melhor e mais marcante.
Personalidade
A personalidade é uma das principais características que um bom personagem,pois define como as ações e motivações serão trabalhadas no decorrer do jogo. Hoje em dia é comum ver gente falando que não gosta de um determinado personagem,porque sua personalidade é clichê. Na verdade isso não é culpa do clichê e sim do personagem não ter sido bem trabalhado. Na criação do seu personagem você deve sim evitar clichês,mas um clichê não impede que seu personagem seja bom contanto que ele seja bem trabalhado.
Backstory
A backstory ou também chamada de "Passado do personagem" é simplesmente uma maneira de justificar a personalidade do personagem e alguns acontecimentos no enredo. Para criar uma boa backstory você precisa evitar contradições como por exemplo: contrastes entre acontecimentos no passado e presente e falta de lógica. Além disso é importante fazer o personagem ter um desenvolvimento conforme a sua backstory e o final do jogo.
Relação com outros personagens
O que sustenta um personagem não é só suas características,mas também a sua conduta com outros personagens na trama,mesmo que o personagem tenha características anti-sociais ou egoístas.
Importância para o enredo
Não adianta um personagem estar no seu jogo apenas por ele ser carismático,ele precisa ter algum tipo de contato com a estória do jogo,tanto levando ela para frente ou atrasando-a. Um personagem sem motivo para estar lá é a mesma coisa que você rasgar uma nota de dinheiro para ouvir o barulho da nota rasgando.

Obrigado a quem leu este tópico,espero ter ajudado.


 
Um belo tópico Irineu.
Mas tenho uns pontos a destacar...

Acho que hoje é muito fácil se criar um personagem com personalidade única e sólida que o distoe do resto do enredo. A base do clichê está na superficialidade das informações, como uma backstory pobre e simples e falta de interação do personagem com o player. Nas minhas experiências migrando pelas várias equipes dos fóruns aí da vida, notei várias características de produção que ajudam a dar ao personagem esse tipo de identidade. As mais importantes são: O comportamento do personagem em determinadas situações propostas pelo jogo, a dinâmica em grupo, o diálogo (muito importante, por sinal), decisões e rumo de história. Se você conseguir acertar esse pontos tal que fiquem plausíveis a ponto de o player se ver no próprio jogador, ou conseguir por exemplo, advinhar as próximas falas e decisões do personagem, aí sim você terá um personagem complexamente elaborado e com personalidade. Sem querer fazer propaganda dos meus projetos mas já fazendo, o Vorum é um projeto que apresenta personagens com personalidades e características próprias muito bem trabalhadas. Os diálogos são plausíveis; (Tudo o que o Capuz fala é compatível com o que ele promete ser) e, apesar de uma backstory previsível, isso justifica os meios e os fins das decisões do personagem.

O que quero dizer com isso é que a questão do clichê é irrelevante para com a qualidade do personagem. Você apenas tira o fator inovação, mas ainda sobram atributos a serem trabalhados, como o próprio carisma e interação. Um personagem pode ser bom em determinado cenário, mas ser considerado pobre de detalhes em outro. Deve-se avaliar o contexo geral do projeto.

Se o projeto pretende ser plataforma 2d em que a única coisa explicada é o objetivo final, você deve apenas criar uma backstory que se adeque à esse fim, ou mesmo, adicionar apenas informações que vão afetar a história, visto que plataforma não visa enredo e roteiro. Já em RPG, onde a história é plenamente cobrada, pode-se contar até a backstory dos avós do personagem, se ela for pertinente aos meios e aos fins do enredo, logicamente... hehe

A qualidade do personagem não está na elaboração inicial, mas sim na construção/apresentação in-game baseado no que o jogo promete ser e do quanto de afinidade pretende-se que o jogador tenha com o personagem...
É um tema um pouco extenso e complexo, mas acho que deu pra ter uma idéia do que quis dizer... ^^
Aquele abraço!
 
Eu sempre começo comentários sobre a criação de roteiros da seguinte forma: você nunca, jamais, em hipótese alguma se esforça para evitar um clichê. Três motivos: em algum lugar do mundo haverá um clichê no qual o seu personagem se encaixará. Quando isso acontecer - porque vai acontecer - o certo não é tentar fugir, mas aproveitar o clichê em favor do seu personagem. Inovar nem sempre é uma coisa boa. Um carpinteiro não usa um martelo porque é assim que todo mundo faz, mas porque esse é o modo que funciona melhor se você quer pregar um prego. Se ele usar o serrote você pode imaginar no que vai dar.
        O [member=1013]Zaggojhon[/member] explicou muito bem um pouco da complexidade que envolve criar um personagem, então vou citar apenas uns pontos isolados: Personagem é fruto do mundo que o cerca, isso define o pano de fundo do mesmo. O pano de fundo gera a personalidade e esta gera a ação. Ação gera reação e essa é assim que você conhece seu personagem para saber como ele interage com as situações.
          O parágrafo sobre a importância para o enredo está lindamente claro. O pessoal devia saber que isso se aplica à qualquer informação que você introduz na história - incluindo seus trinta e quatro idiomas das quatro culturas que levaram vinte anos para criar. Se não é estritamente importante, corte.
          Vale lembrar que é preciso entender a proposta do jogo. Você pode ter um roteiro raso, você pode nem ter roteiro e mesmo assim ter um bom jogo - não gostei de ter de repetir a palavra, mas façamos um esforço.

Gosto bastante de ver o pessoal investindo tempo e esforço para estudar a criação de roteiros. O seu resumo está até bom para um tema tão extenso. É um pontapé inicial bem dado.  :Okay_fix:
 
Um ótimo tópico.
Um desenvolvedor de games estava comentando no Geek & Game rio Festival(https://www.ggrf.com.br/)
que não importa muito quantos personagens tem o seu jogo, e sim o carisma que ele tem.

Por exemplo.
Uma personagem feminina sexy genérica :
Ela vai atrair certo públuco. Mais não adianta ter um rabetão ou um collant sexy. O personagem precisa ter carisma além de ser no mínimo importante no enredo.

Agora compare : o que é melhor ?
Um personagem com um genérico e backstory genérica. Ou um personagem carismático diferente com uma história diferente?

Outro exemplo :
O Vegetta do grupo.
Aquele personagem BadBoy.
Geralmente é sempre a mesma backstory : "Eu fui criado por lobos" '"Mataram minha família na minha frente" "eu sobrevivi sozinho em...".
além de sempre ser o tal lobo solitário.
Exemplos : Vegetta(o próprio), Magus(Chrono Trigger),Kevin(Ben10) e nao me lembro mais '-'
 
Pro tópico só vou deixar uma crítica, sem querer ser chata mas já sendo:
Pela tag/título que você colocou no tópico, dá a entender que o tópico vai ajudar durante o processo de criação de um personagem, o que não é o caso(exatamente).
É como falar que vai ensinar a fazer um bolo e só passar os ingredientes.

De qualquer forma, o conteúdo do tópico tá supimpa

PSYCHO comentou:
[...]que não importa muito quantos personagens tem o seu jogo, e sim o carisma que ele tem.

Por exemplo.
Uma personagem feminina sexy genérica :
Ela vai atrair certo público. Mais não adianta ter um rabetão ou um collant sexy. O personagem precisa ter carisma além de ser no mínimo importante no enredo.
Seu exemplo não bate com o contexto proposto...
Mas concordo que qualidade > quantidade.

PSYCHO comentou:
Agora compare : o que é melhor ?
Um personagem com um genérico e backstory genérica. Ou um personagem carismático diferente com uma história diferente?
Depende. Em qual jogo?
Isso é relativo ao que o jogo oferece. Se é um game "sátira" então o "genérico" ou "clichê" pode na verdade ser MELHOR que algo diferente. Um exemplo são os jogos do South Park que são inundados de clichês de RPG/Medieval no primeiro jogo e Tatics/Super-Hero no segundo, e esses clichês acabam só aderindo ao jogo.
 
Muitas pessoas acham que um personagem não interfere na qualidade do jogo. Na minha opinião isto está errado,pois além de enriquecer a estória do jogo,um bom personagem dá carisma às jogatinas,fazendo a experiência do jogador ser melhor e mais marcante.
Isso não é necessariamente verdade, ele não precisa ser muito bem trabalhado ou até mesmo ter carisma para funcionar, existem jogos que se pegam muito mais a outros elementos, seja gameplay, linguagens visuais ou o que for. Isso vai depender muito do que a pessoa vai querer fazer, e se essa coisa vai realmente necessitar de personagens bons ou não.

Hoje em dia é comum ver gente falando que não gosta de um determinado personagem,porque sua personalidade é clichê. Na verdade isso não é culpa do clichê e sim do personagem não ter sido bem trabalhado. Na criação do seu personagem você deve sim evitar clichês,mas um clichê não impede que seu personagem seja bom contanto que ele seja bem trabalhado.
O clichê pode ser uma ótima arma se souber usar, personagens clichês não realmente são ruins, dependendo de como você tentar usa-los. Uma obra que vivo citando, é Monogatari Series, cujo a carcaça de todos os personagens são esteriótipos mais genéricos possíveis de personagens de harém, porém aos poucos eles vão moldando isso para algo muito mais complexo.

Não adianta um personagem estar no seu jogo apenas por ele ser carismático,ele precisa ter algum tipo de contato com a estória do jogo,tanto levando ela para frente ou atrasando-a. Um personagem sem motivo para estar lá é a mesma coisa que você rasgar uma nota de dinheiro para ouvir o barulho da nota rasgando.
Isso depende muito do que a pessoa quer fazer, vamos supor que a pessoa queira trabalhar com uma narrativa alegórica, este tipo de coisa seria totalmente descartável, pois ela deve muito mais dar prioridade para que os personagens sejam condizentes com a história paralela escondida por trás da carcaça que vemos, pra isso, muitas vezes virão personagens bem mais passageiros, ou com "pouco tempo de tela", meramente por necessitarem estar ali para que a mensagem faça sentido.


Por exemplo.
Uma personagem feminina sexy genérica :
Ela vai atrair certo públuco. Mais não adianta ter um rabetão ou um collant sexy. O personagem precisa ter carisma além de ser no mínimo importante no enredo.
Acho que entendi o que quis dizer, mas o exemplo foi muito fora do proposto, (apesar da Kaw ter dito isso a pouco... sorry, lendo conforme respondo xD).

Alguns vídeos interessantes sobre o assunto:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=Aa4BQiJxtDo[/youtube]

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=t052iV7VlZ0[/youtube]
 
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