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Corin d' Ga e a Maldição do Antigo

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A MALDIÇÃO DO ANTIGO

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AS MURALHAS DE GELO DE GIACIO

Sobre as terras gélidas de Giacio, reino do norte do Condado Braveheart, pairava uma lenda assustadora, que revela a existência de uma entidade de origem sobrenatural que, uma vez desperta de seu sono, não hesitaria antes de consumir destrutivamente tudo em seu caminho. Tal lenda existe a tanto tempo, que não se sabe ao certo o quanto ela foi preservada. Porém, de tão terrível que soava a entidade, nunca se esqueceu o seu nome: Uhluhtc.​
MEDO INCESSANTE

Toda a cultura daquele reino fora consolidada com base no medo de um possível aparecimento de Uhluhtc. De longas distâncias, é possível ver os muros altos, que foram construídos com a altura da imaginação daqueles que ponderavam o tamanho da terrível entidade e que se confundem com as montanhas cobertas de gelo dos arredores, tornando difícil a espreita por reinos combatentes e inimigos diversos.​
O INTEMÍVEL
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As forças combatentes de Giacio eram comandadas por um só homem: Morcc Trev'ego, o Intemível. As histórias sobre as grandes defesas a perigosos cercos inimigos realizadas pelo comandante ecoavam por todo o Condado. Dentre tantos lendários nomes que conquistou, o mais comum, como passou a ser conhecido por todo o reino como, é "O Escudo da Fortaleza", pois nunca desembainhava a sua espada para o ataque, mas sim apenas para a defesa.​
A VOZ PACIFICADORA

Em tempos de guerra, após ser convocado para a batalha pelos reinos aliados contra inimigos rebeldes que, por escassez de recursos, estavam realizando saques sorrateiros aos cavalos de carga, Morcc deu uma contra-proposta:​
- Nos uniremos, mas não para a batalha! O que eles querem é recursos. Tanto quanto nós, eles precisam de recursos. Juntem os seus melhores homens. Mandem-nos trabalharem em dobro. Paguem-nos em dobro! Não é preciso derramar sangue por essas terras quando o inimigo de todos é a fome.​
Após estas falas, Morcc carregou consigo o lendário título de "A Voz do Norte", ou como alguns preferem chamar: "A Voz da Paz". Os conflitos locais tiveram um fim após os soldados do reino enviarem cavalos de carga com recursos por vários meses para os acampamentos rebeldes.​
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O ENTUSIASTA

Os admiráveis feitos de Morcc não atraiam olhares apenas dos seus adoradores, mas também daqueles que se delimitavam ao desprazer da discórdia. Dentre tantos, um deles se destacava: Corin d' Ga, um estranho homem magro que era constantemente confundido com um elfo devido ao seu nariz pontudo e suas orelhas cumpridas. É esquelético, pálido e está sempre com um sorriso no rosto, um olhar espantoso e dava risada de quase tudo. Era visto como um louco que vagava pelo reino, mas a sua astúcia não deixava dúvidas de que os seus pensamentos poderiam ser tão imprevisíveis quanto o próprio tempo. Prova disso seria a sua enorme quantidade de seguidores, que o tratavam como profeta e bradavam sinistramente para cada uma de suas declarações enfadonhas.​
Corin d' Ga convenceu grande parte de seus seguidores de que Morcc, na verdade, não passava de um ditador que visava o poder. Balburdiava pelo reino declarando que as intenções do comandante era subir ao mais alto nível hierárquico e, por fim, escravizar a todos com as suas decisões egoístas.​
O CATACLISMO

Em um de seus sumiços do reino, momentos que dedicava para falar sozinho e expor ao vazio os seus surtos psicóticos, bem longe de tudo e de todos, Corin d' Ga repousava sentado em uma rocha próxima da Caverna Antiga, uma cova na qual ninguém havia permissão para explorar desde os tempos antigos, antes mesmo da fundação de Giaco. Desafiado pela curiosidade e encorajado pela insanidade, o estranho homem resolveu inserir-se na escuridão da gruta. Não muito longe da entrada, da qual nenhum ser humano sequer havia passado, ele notou um objeto que brilhava na cor verde. Era um cajado de madeira com uma caveira adornada em sua ponta. Aproximando-se, ele então levou a sua mão em direção ao cajado, que reagiu intensificando o seu brilho de forma cegante e causando um tremor. Ao notar as imensas fendas que se abriam pela caverna e tentando desviar das rochas que caiam, Corin d' Ga segurou o cajado e, tomado por ganância e admiração, saiu de lá o mais rápido que as suas pernas finas conseguiam fazê-lo ir.​
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Ao sair da caverna, notando que o céu estava escuro, olhou em direção ao grande mar que circundava a terra e viu trovões e relâmpagos contornando o emergir de uma criatura colossal que saía das águas. Sua aparência era de um híbrido gigante de homem e polvo, mas havia também asas de dragão. Espantado, Corin d' Ga teria corrido se não houvesse machucado a perna enquanto corria para fora da caverna. Tudo o que ele podia fazer era observar, até o momento em que o silêncio de sua alma fosse interrompido pelo som da entidade que, apesar de não estar gritando, era ensurdecedor. Não como se fossem pronunciadas palavras, o pequeno e esquelético homem pôde compreender o que a entidade o dizia:​
- Eu sou Uhluhtc, O Antigo. O amuleto de minha essência se vinculou à sua alma gananciosa e perversa, e eu fui desperto. Sua incumbência, a partir de agora, será absorver a energia da alma dos puros para que o meu poder se torne completo, ou você morrerá. Vá, e eu o protegerei da morte pela espada.
Apesar de sem saídas, Corin d' Ga encontrou a oportunidade que queria para fazer "justiça" com as próprias mãos. Dirigiu-se à Giacio e anunciou as suas terríveis intenções, convertendo milhares de pessoas com o coração puro à maldade e sugando a alma das que resistissem.​

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O CÂNTICO DOS DEUSES


Diante de tal calamidade, o reino de Giacio se tornara um caos. Morcc juntou todos os sábios do reino, que estudaram as lendas antigas e descobriram a terrível verdade: Uhluhtc despertou.

- Precisamos acabar com esta criatura de uma vez por todas! - bradou Morcc.

- Não há como derrotar tamanha aberração, comandante. - expressou tristemente um dos velhos sábios.

- Mas há uma solução! - continou o homem - O terrível Uhluhtc pode ser ser adormecido novamente! Para isso, devemos encontrar um bardo que seja capaz de entoar o Cântico dos Deuses.

Imediatamente, Morcc solicitou que procurassem por todo o reino um homem que fosse capaz de entoar tal cântico. Quando esgotadas todas as expectativas, surgira um homem com um bandolim que parecia diferente dos demais. Este era Ricciardo, o Bardo. Seu talento com o bandolim era exemplar. Suas músicas traziam a sensação de renovação da alma. De certo, se realmente este homem soubesse entoar o Cântico dos Deuses, ele certamente seria capaz de apaziguar o caos.

- Diga-nos o que precisa para entoar a canção. - disse Morcc com um tom de comando.

- Mantenha o reino calmo. O Cântico dos Deuses exige apenas uma coisa: o foco coletivo. Garanta que todos estejam empenhados com o mesmo objetivo. Não temos tempo a perder! - Disse o bardo enquanto se posicionava e segurava o seu bandolim.

Desta vez, o reino Giacio estava prestes a enfrentar algo que nunca vira antes. Será que estão todos preparaods? Será o fim? Conseguirá o bardo Riccardo acalentar a grande besta interdimensional, Uhluhtc, e levá-lo a adormecer com o Cântico dos Deuses?
 
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