🤔 Para Refletir : "No alto daquela ideia, plantei um projeto de jogo. A empolgação da ideia bate, o fracasso da ideia cheira." - DanTheLion

Poderiam me dizer como ficou?

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Fala ae galera, tudo bom?
Faz um tempo que comecei a escrever "O Caçador de Bruxas", mas nem de longe foi o que esperava, a historia não foi bem estruturada e não dei a devida atenção a escrita, fazendo ficar algo "informativo" do que "fantástico", mas me refiro a classe da historia, quando comecei a escrever pensei em formas de melhorar e não me dei conta de que estava me proibindo de criar, estava preso em um layout(utópico) que nem mesmo sabia como fazer, mas parando para refletir defini que não seria nada mais do que eu mesmo, não quero buscar nada perfeito, pois eu sou um eterno aprendiz e devo me permitir errar para aprender.

Esse é um pequeno trecho do que estou escrevendo, já faz 1~3 mês que fiz, mas ainda estava tentando definir meu eu lirico, acredito que tenha me encontrado, difícil..., pois nunca havia me dado conta de que estava perdido.

O Caçador de Bruxas
Era uma manhã fria com uma nevoa densa, um dia perfeito para as bruxas, elas adoram se esconder na floresta, o verde em meio a nevoa é uma camuflagem perfeita, uma bruxa fica imperceptível para qualquer homem, seja ele civil, militar ou um nobre, os únicos capazes de perceber uma bruxa sem conseguir ver de fato ela, são os bruxos, indivíduos com grande conhecimento em alquimia, suas poções são poderosas, quando feitas com maestria, uma gota já é o suficiente para matar uma bruxa. Os bruxos com o passar dos anos sofreram mutações genéticas em seu DNA, o que permite uma resistência ao frio, calor, fome, sede e dor, os bruxos são fadados a viver eternamente por conta de sua resistência, eles não passam dos 33 anos de idade, a única forma de um bruxo morrer é se sua cabeça for decapitada, dessa maneira qualquer ligação do cérebro com o corpo é apagada. Em volto do frio, Brand estava sonhando com suas batalhas enquanto defendia o território do Norte, um soldado excelente, mas seu comportamento o condena, por muitas vezes ele se reservou de mais, o que fez seu general desconfiar se ele era um espião, torturado por muitas vezes e levado a missões suicidas, mas em todas as vezes Brand se mantinha calado e não expressava dor ou sofrimento com tudo que ele sofria no exército pelo contrário, sempre completou as missões e sempre seguia falando “Prefiro morrer pelo rei do que ser chamado de traidor”, palavras ditas enquanto ele seguia sendo torturado por suspeitas que nunca se confirmaram, até que o general o afastou por insuficiência de provas, ao saber de seu afastamento Brand ficou extremamente triste e até hoje ele se culpa por ter sido expulso do exército, mas ele não guarda nenhuma raiva do general, pois o mesmo morreu 3 anos depois da saída de Brand do exército, dizem que ele foi assassinado por um soldado infiltrado na base, mas isso nunca foi confirmado por ninguém, Brand foi até o velório e prestou suas condolências para a família, mas todos estavam desconfiados de que ele foi o assassino e o incriminá-lo durante o fim do velório, Brand precisou sair com a escolta dos soldados para não ser espancado até a morte, as acusações seguiram durante 3 anos até que Brand se mudou para o Sul, onde buscou ter uma nova vida, quando chegou na cidade de Lordrin(uma das grandes cidades de Trudew, com 7.600 habitantes) ele viu um cartaz “Atenção todos os caçadores, preciso de couro, mas não me venham com imundícies, eu preciso do couro de Gloglin(um animal parecido com lobo, mas seu pelo(cada fio tem sua cor e não existe um padrão, tornando cada Gloglin único) é lindo, alfaiates usam desse couro para fazer tecidos caríssimos, os tecidos ficam perfeitos. Apesar de seu pelo ser lindo, esses animais são aterrorizantes, com seus olhos vermelhos escuro, e sua boca cheia de dentes afiados e seu olhar sanguinário sobre suas vítimas, fazem qualquer um tremer de medo, mas existem alguns caçadores corajosos e os mesmos contam que não conseguem dormir durante um mês após ver um Gloglin, esses animais vivem no Norte no alto das montanhas, o vento em seus pelos fazem os outros animais se encantarem e paralisar diante de tanta beleza, essa estratégia torna esses animais um dos melhores predadores do Norte), eu mesmo irei mandar cortar a cabeça de charlatães, tenho uma loja ao lado do Pollar(Taverna dos grandes guerreiros e lugar de bêbados, Esse lugar já foi respeitado por muitos, dito como o melhor lugar para ser ir depois de uma guerra, foi esquecido e largado depois do fim da guerra entre o Sul e o Norte, hoje ainda é um lugar de respeito, mas não tem mais toda a relevância), “Tecidos do mais puro Couro” venha me visitar se quiser comprar minhas mercadorias ou vender o melhor couro que tiver”, no final estava o valor da recompensa de 1670 moedas de ouro e a assinatura em nome de Ramon Gomez, Brand aceitou na hora o serviço e foi até a loja de Ramon para saber um pouco mais sobre o serviço, ao entrar pela porta se deparou com um lugar lindo e bem organizado, com tecidos perfeitos e caríssimos, de trás do balcão ele vê um homem bem vestido, com um casaco de urso, uma ótima vestimenta no Norte, porém no Sul tem dias que o calor é intenso, mas naquele dia estava um dia bem frio, rapidamente Ramon observa o Brand e volta a olhar seu livro sobre tecer com maestria volume 4(o volume preferido dos mestres alfaiates, tem muitas técnicas de costura), ele nem reparou as roupas de Brand, mas ele não se conteve e voltou a olhar e dessa vez reparou em cada detalhe na roupa, - Esses amadores não sabem fazer nem panos, olha essa roupa o que é isso? Deve ser moda do lugar de onde ele vem? – assustado ele olha para as roupas de Brand, de cima a baixo com uma cara estupefata, não poderia acreditar que tais roupas eram reais e pudessem serem usadas por alguém, mentalmente ele fez alguns raciocínios para concluir que àquela roupa era alguma obra enfadonha, Ramon foi um garoto pobre , nunca teve roupas novas, o que ele vestia era de seus irmãos, seu pai nunca esteve presente, andava ocupado em bordéis e tavernas, desde muito cedo Ramon começou a trabalhar como ajudante de alfaiate, ele gostou tanto de fazer tecidos que virou um vício, pegava livros e testava diversos tipos de couros e seu reconhecimento foi obtido quando fez um vestido para a rainha de Lordrin, ela gostou tanto do vestido que chamou Ramon para trabalhar dentro do castelo, mas ele se recusou, pois batalhou muito para conseguir ter a alfaiataria que hoje ele trabalha todos os dias, a rainha respeitou Ramon e decidiu deixar ele na alfaiataria, mas a reformou por completo e definiu que aquela alfaiataria era protegida pela corte. – Olá senhor, li que precisa de couro e eu estou disposto a ir atrás desse tal Gloglin – dando a mão para Ramon, na espera de um aperto de mão (gesto típico no Norte, lá é comum o aperto de mão ao encontrar um estranho ou camarada)
 
Fala grande [member=1870]Dr.Xamã[/member] !

Gostei da ideia geral e do universo que você está criando - senti bastante inspiração em The Witcher, com esse bruxos parrudões e tal. Sinto que dá pra desenvolver bastante e criar umas tramas bem interessantes.

Quanto ao texto em si, notei alguns problemas. O primeiro e mais incômodo foi a pontuação: orações muuuuito longas e repletas de vírgulas deixam difícil entender o que está acontecendo e passam uma certa sensação de "sufoco" ao ler. Quebrar as frases em unidades menores usando pontuação variada deixa a leitura mais leve e prazerosa, reforçando a sensação que você quer passar. Por exemplo:

Antes
Era uma manhã fria com uma nevoa densa, um dia perfeito para as bruxas, elas adoram se esconder na floresta, o verde em meio a nevoa é uma camuflagem perfeita, uma bruxa fica imperceptível para qualquer homem, seja ele civil, militar ou um nobre, os únicos capazes de perceber uma bruxa sem conseguir ver de fato ela, são os bruxos, indivíduos com grande conhecimento em alquimia, suas poções são poderosas, quando feitas com maestria, uma gota já é o suficiente para matar uma bruxa.

Depois
Era uma manhã fria e densamente enevoada - um dia perfeito para as bruxas. Elas adoram se esconder na floresta, o verde em meio à névoa é uma camuflagem perfeita e as deixa imperceptíveis para qualquer homem, seja ele civil, militar ou nobre. Os únicos capazes de perceber uma bruxa, mesmo sem conseguir de fato vê-las, são os bruxos - indivíduos com grande conhecimento em alquimia, cujas poções poderosas podem matar uma bruxa com uma só gota.

Além da pontuação, falta diagramar melhor os parágrafos e separar as falas do meio do texto, o que também vai ajudar a organizar a história e criar um fluxo de leitura mais natural.

O segundo "problema", que você mesmo mencionou, é o tom mais "informacional" do texto. Menciono "problema" entre aspas porque isso não necessariamente é um defeito, mas sim uma questão de estilo narrativo. Se você quiser deixar o tom um pouco mais próximo da visão de mundo do personagem, recomendo intercalar as descrições com pensamentos do próprio Brand, aproximando mais o leitor dele.

Do mais, a minha maior recomendação é você ler bastante livros desse gênero, para se inspirar no que eles fazem e a partir daí tecer o seu estilo. Livros como "O Nome Do Vento" e "O Temor do Sábio" de Patrick Rothfuss são exemplos incríveis de como se estruturar uma narrativa de fantasia de uma maneira envolvente.

Continue trabalhando em cima do texto e mandando as novas versões aqui pra gente! A escrita, assim como qualquer outra habilidade artística, requer muito treino e vai se amadurecendo cada vez mais quanto mais você a pratica.  _b
 
Concordo com o Wallace, o seu texto peca na parte das pontuações. Tenta usar mais pontos e dividir isso em parágrafos pra facilitar o fluxo da leitura. Tenta também não criar muitos ramos no meio da escrita para explicar coisas. Por exemplo: você tira um grande espaço pra explicar o que é um Gloglin antes mesmo de acabar a mensagem do alfaiate. Nesse caso talvez fosse mais interessante acabar primeiro o essa frase pra depois explicar ao leitor o que é esse animal.

Também vou fazer uma crítica mais pessoal ao estilo que você usa pra introduzir as coisas/pessoas. Não acho necessário você contar toda a história do Brand antes de começar a trama inicial. A mesma coisa vale para o que é o Gloglin e a história do alfaiate. Esses pontos poderiam ser explorados com o tempo dentro da narrativa, pra tornar algo mais mesclado com a trama, em vez de ter esse narrador que sabe de tudo já dando a história de graça e de uma vez pra você.

No mais, gostei da história do universo, claro que ele é bem inspirado nas histórias clássicas medievais e principalmente no The Witcher, mas me parece um bom começo pra você se familiarizar com seu estilo de escrita. Continue trazendo as versões pra cá, queremos ver sua melhora!
 
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